O setor de agronegócio do Brasil está passando por um período de adaptação devido às recentes regulamentações ambientais implementadas pela União Europeia (UE). Essas novas regras proíbem a importação de produtos associados ao desmatamento ocorrido após dezembro de 2020, afetando diretamente commodities como a soja brasileira.
Em resposta, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) aconselhou os agricultores a não aceitarem cláusulas contratuais que atendam às exigências ambientais da UE. A entidade considera essas exigências uma interferência na soberania nacional. Por outro lado, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) incentiva o cumprimento das novas regras para garantir a continuidade das exportações para o mercado europeu.
A UE é um mercado significativo para o farelo de soja brasileiro, adquirindo quase metade das exportações do país nesse segmento. Enquanto isso, a China permanece como principal importadora dos grãos de soja brasileiros. Diante desse cenário, o agronegócio brasileiro enfrenta o desafio de equilibrar suas práticas agrícolas com as crescentes demandas ambientais dos mercados internacionais.